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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Coríntios 1, 13

" O amor é sofredor; é benigno;
o amor não é invejoso, não trata
com levianidade, não se ensoberba.
Não se porta com indecência,
não busca os seus interesses,
não se irrita, não suspeita mal;
não folga com justiça, mas com verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

Desabafo

É senso comum dizer que perfeito não existe, então nos adaptamos a isso escondendo bem longe da racionalidade uma pontada de esperança de estarmos errados. A verdade é que procuramos o ideal. E ideal não seria aquele cujo até os defeitos te fazem sorrir?
Defeitos.
Defeitos e virtudes são o que nos individualizam, mas dividimo-nas em duas categorias.
E aos olhos de quem? Me sinto socialista insinuando isso. Utopia do caralho dizer pra aceitarmos todos e tratar cada um de igual maneira. Não, não. Digo isso apenas visando a auto-reflexão. Já que não aceito os meus erros e defeitos. Procuro jogá-los no lixo ínfimo do esquecimento. Não suporto que não prefiram a mim, quero toda a atenção do mundo cuspindo na cara de quem o faz. Não suporto conviver comigo mesma. Queria me olhar no espelho e ser outra pessoa. Mas teria todas essas indagações insatisfeitas e insatisfações indagadas iguais. Já era. Passou. O dia se foi e nem vi...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"Safety pins holding up the things"

Tenho que admitir, mesmo quando tudo parece andar
mal encontro um traço de esperança.
Não que tudo fosse tão bom,
mas não tenho muito do que reclamar.
Isso também me irrita.
Nesses casos, até uma pequena confusão tornaria tudo mais real.
Alias, me afasto da realidade muito fácil.
Queria um mundo só pra mim.
Mas brincar de Deus não seria tão legal com o livre arbítrio.
Nem imagino como foi pra Deus,
criar os personagens e vê-los se afastar cada vez mais do seu criador.
E é assim que queria que tudo fosse mais real.
Quem sabe ter um alfinete que me impeça de voar totalmente,
apesar de não me impedir de mim.
Quem sabe já tive sonhos demais, e pesadelos que façam feliz.
Porém, tenho medo: a realidade me assusta.
O medo da dor me mantém longe do prazer.
Minha inspiração vem do mundo, Deus sabe qual.
Fugindo de ti, fugindo de tudo.
Tentando pular da janela do contexto.
Ou embarcar de volta nesse trem.