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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

From Dead Poets Society

“I went to the woods because I wanted to live deliberately,
I wanted to live deep and suck out all the marrow of life,
To put to rout all that was not life and not when I had come to die
Discover that I had not lived.” [ Henry David Thoureau ]

domingo, 24 de outubro de 2010

Let it be


I see fire in the eyes, let it be free through the skin.
I notice desire in the ways, you cannot hide with your typical innoncent being.
Deep dark in your soul, a need is getting stronger, it requires to be fed, you can hold no longer. You need some fresh air, would solve with cold rain.
But you insist to be tortured, it's what the boken value forces.
Chasing the old dream, while the world is changing the scene.
And lives the dissatisfaction, the scape is always ephemeral.
It makes you wanna be better and seems mistakes are no wronger.

A rachadura

Poucas as coisas na vida que importam
a ponto de ser contadas e lembradas.
Poucas são as pessoas que fazem diferença
a ponto de deixar uma marca.
Muito não deu certo ou não foi como planejava:
estressei, indignei e segurei as lágrimas.
No entanto, eu ri, dancei, cantei e me empolguei.
Seria hipócrita não dizer que esperava mais,
sinto como se tivesse perdido algo.
Apesar de ter ganho parte do mundo.
Na verdade, não soube como agir
e esperei que o fizessem por mim.
Ainda vejo uma barreira que me abstem de tudo.
Talvez tenha feito uma rachadura.
Espero, num futuro próximo, que alguém a quebre por mim.
Ou ao menos me dê razões para fazê-lo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"I just can't get enough."

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Still rains

There was a war. In her words and mind.
A inner war;
That made a wall, a wide piece of legs and arms.
A beautiful mess;
The scenarium of epic battles and destroied castles.

Then came the peace, the most wanted peace.
A strange calm that gets you while blood feeds field.
And it's over, a long road waits for some sunny days.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

to be or no to be?

a good or a bad girl?















... and that's the end of the chapter !

domingo, 12 de setembro de 2010

goodnight, my someone


I want you to be here, just by my side.
To hug me, kiss me, take me away from reality.

I want to taste your love, feel you smell.
Have the certain that you're the one and I know
You're about to find that's never goes well
While I feel the emptiness of my soul.

However, you're just perfect to me
Even 'cause you do not exist.

domingo, 22 de agosto de 2010

No viver é que se vive


Na poeira da estrada está a certeza do movimento.
Às vezes a vida passa como um borrão visto da janela de um carro.
Dias de inércia intelectual, amorosa, espiritual e física.
Mas caminha.
Alheio ao que se passa ainda caminha.
E não volta.
O futuro é ali, logo aqui na próxima esquina.
Faz-se uma curva; capota-se o carro.
Perde parte do que é, ou de alguém que ama.
Há o luto, escorre uma lágrima solitária.
Trafega no rosto ainda liso de juventude para morrer na mão que apoia.
Mas não há tristeza.
Há até uma pontada de felicidade, porque muda.
O que foi fica na lembrança e dá lugar ao novo.
Corpo e mente como nascente que refresca e renova.
E o tempo passa, o tempo é passarinho.
Livre, frágil e efêmero.
Na beleza de um momento estão reflexos da natureza do que se é.
Amigo, amante, íntimo.
Sonhador, idealista, de outro mundo.
Partes de um todo numa pintura sem moldura.
Estende-se a um infinito próprio, dentro de si.
Vê-se Deus na perfeição de cada pincelada.
Sem ver o quadro, sem conhecer o artista.
No mistério de viver, caminhar na estrada ou pintar o quadro, pensar sempre no próximo passo.
Viver é pular num abismo sem fim para se descobrir onde vai dar.
O belo e o exótico de mãos dadas, risada sarcástica da ironia.
Juntos ali, esperando dar as respostas às perguntas certas.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O Bailarino da Lua

Lua. Uma Lua maravilhosa. Cheia, gorda, avermelhada, a noite clara como o dia, o luar inundando a terra e trazendo alegria, alegria, alegria. Trazendo também o rugir da noite tropical, a voz macia e turbulenta do vento uivando nos pêlos do braço, o lamento vazio da luz das estrelas, o grito trincado da luz da lua sobre a água.
Tudo isso chamando o Necessitado. Ah, o berro sinfônico das milhares de vozes ocultas, o grito interior do Necessitado, a entidade, o observador silencioso, a coisa fria e quieta, aquele que dança, o Bailarino da Lua. O eu que não era eu, aquele que zombava, ria e vinha com a sua fome. Com a Necessidade.

[ capítulo 1, Dexter - a mão esquerda de Deus ]

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Coríntios 1, 13

" O amor é sofredor; é benigno;
o amor não é invejoso, não trata
com levianidade, não se ensoberba.
Não se porta com indecência,
não busca os seus interesses,
não se irrita, não suspeita mal;
não folga com justiça, mas com verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

Desabafo

É senso comum dizer que perfeito não existe, então nos adaptamos a isso escondendo bem longe da racionalidade uma pontada de esperança de estarmos errados. A verdade é que procuramos o ideal. E ideal não seria aquele cujo até os defeitos te fazem sorrir?
Defeitos.
Defeitos e virtudes são o que nos individualizam, mas dividimo-nas em duas categorias.
E aos olhos de quem? Me sinto socialista insinuando isso. Utopia do caralho dizer pra aceitarmos todos e tratar cada um de igual maneira. Não, não. Digo isso apenas visando a auto-reflexão. Já que não aceito os meus erros e defeitos. Procuro jogá-los no lixo ínfimo do esquecimento. Não suporto que não prefiram a mim, quero toda a atenção do mundo cuspindo na cara de quem o faz. Não suporto conviver comigo mesma. Queria me olhar no espelho e ser outra pessoa. Mas teria todas essas indagações insatisfeitas e insatisfações indagadas iguais. Já era. Passou. O dia se foi e nem vi...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"Safety pins holding up the things"

Tenho que admitir, mesmo quando tudo parece andar
mal encontro um traço de esperança.
Não que tudo fosse tão bom,
mas não tenho muito do que reclamar.
Isso também me irrita.
Nesses casos, até uma pequena confusão tornaria tudo mais real.
Alias, me afasto da realidade muito fácil.
Queria um mundo só pra mim.
Mas brincar de Deus não seria tão legal com o livre arbítrio.
Nem imagino como foi pra Deus,
criar os personagens e vê-los se afastar cada vez mais do seu criador.
E é assim que queria que tudo fosse mais real.
Quem sabe ter um alfinete que me impeça de voar totalmente,
apesar de não me impedir de mim.
Quem sabe já tive sonhos demais, e pesadelos que façam feliz.
Porém, tenho medo: a realidade me assusta.
O medo da dor me mantém longe do prazer.
Minha inspiração vem do mundo, Deus sabe qual.
Fugindo de ti, fugindo de tudo.
Tentando pular da janela do contexto.
Ou embarcar de volta nesse trem.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Porta aberta

Senti saudade, vontade de voltar. Fazer a coisa certa: aqui é o meu lugar. Mas sabe como é difícil encontrar a palavra certa, a hora certa de voltar. A porta aberta, a hora certa de chegar. Eu que não fumo, queria um cigarro. Eu que não amo você, envelheci dez anos ou mais nesse último mês. Eu que não bebo pedi um conhaque, pra enfrentar o inverno que entra pela porta que você deixou aberta ao sair.

[ Humberto Gessinger ]

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Na guerra rumo a paz

Eu não acredito em paz.
Assim como não existe a felicidade eterna ou sofrimento eterno.
É ingenuidade pensar que existem extremos que se excluem.
Não se separa as pessoas em boas e más, e nem há paz sem ter tido guerra.
A realidade é muito mais cruel, pois senão
se segrega os antagonismos não há justiça plena.
O mundo está constantemente em guerra, e é isso que motiva a luta pela paz.
Só quando se perde é que se dá valor e esse clichê se aplica
em razão da falta de consciência que arremata
todos que vivem nessa utopia de perfeição.
Vê-se no caso da Guerra Fria, a corrida armamentista por bombas nucleares
foi o que salvou o mundo de uma completa destruição.
As mazelas humanas acarretam perjúrios de intenso impacto,
guerras são causadas pela ambição, inveja e falta de amor ao próximo.
Simultaneamente, são as virtudes que impulsionam o caminhar,
na qualidade de uns é que se inspira a aspiração por algo melhor.
Pessoas unidas em protestos pela fé em dias melhores,
a união e aproximação de povos em busca de esperança.
Deve-se primeiramente, dar o exemplo.
Para conseguir convencer alguém não se deve usar apenas palavras,
suas atitudes não podem te contradizer.
Deve-se haver a conexão, a união de pessoas é o que faz se importar
e conhecer outros pode dizer muito sobre você mesmo.
Deve-se instituir valores, aquelas virtudes as quais se apoiarão
os pilares dos governos e de cada cidadão.
Deve haver interesse, já que se deve guardar os guardiães
e a corrupção também recai sobre aqueles que não a denunciam.
Muitas são as possibilidades de se buscar, mas acreditar é que nos mantém,
pois se não muda pra que tentar?
Enfim, o caminho é longo, a estrada é difícil e a certeza é intangível.
Porém a fé por um mundo melhor é o que faz a estrada valer a pena.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ballon anacronism


Era uma vez um balão. Não tinha uma cor definida.
Parecia azul claro e às vezes,
quando se olhava contra a luz, jurava verde.
Ninguém mais era assim, eram vermelho, amarelo, preto,
branco, roxo, verde, rosa, azul, ou até cintilante.
Viviam num lugar escuro, sujo, cheio de ratos.
Talvez estoque de loja ou super mercado.
Balão não gostava, tinham que sussurrar e nada cheirava bem.
Passaram tempos e tempos,
não sabia ao certo, afinal balões não sabem contar.
Até que tiraram-nos dali.
Havia luz e sombras, sons e cheiros inusitados.
Alguém fez tudo sumir e só as sombras ficaram.
Havia movimento também e logo chegaram
a outro colorido e engraçado lugar.
Com coloridas e engraçadas pessoas.
Sentiu-se voando, pousou em um chão frio.
Todo mundo começou a ir até a boca
das coloridas e engraçadas pessoas.
E inchavam. Ficavam grandes, gordos e levinhos.
O balão continuava no chão frio.
Algumas vezes tentaram pegá-lo e achar uma utilidade.
Mais chão frio. Será que era tão esquisito assim? Inútil?
Pra que o teriam feito daquele jeito?
Nunca ia ficar bonito, gordo e levinho como os outros?
Não tinha respostas. E como teria, era só um anacronismo.
Ficou murchinho. Sentiu dor.
Ah, foi só porque o chutaram fora do caminho.
Ficou escuro de novo, tinha barulho. Muito barulho.
Aparentemente, era aniversário de alguém.
E nem pôde bater palmas no parabéns, não tinha mãos.
Queria chorar, mas não tinha lágrimas. Dormiu.
Estava claro, depois escuro.
A bola amarela e brilhante subia e descia
para dar lugar a bola branca e pálida.
Era dia, tinha certeza. Mas ficou noite. E depois dia de novo.
Olhava para uma cara sorridente. Ficou noite de novo.
Percebeu que era apenas o abrir e fechar da mão da cara sorridente.
Ia jogá-lo num lixo? Ai de mim com mãos pra socá-lo caso fosse.
Se bem que se contentaria apenas com pernas para fugir.
De repente começou a abrir-se e coisas passaram para o seu interior.
Ficou gordinho mas não levinho. Ao contrário, ficou pesado.
E então a cara sorridente levou-o a boca.
E soprou e soprou e soprou. Ficou gordinho, levinho e pesado.
E algo comprido fez cócegas. Agora balão dizia palavras.
Cara sorridente andou e andou. Mundo afora ele andou e andou.
E chegou. Entrou. E eu vi, cabelos bonitos tinha, unhas azuis também.
Ou eram verdes? Passou para outra mão, e a cor da unha era a sua cor.
Cara sorridente fez sinal. Cabelos bonitos balançou-me e sorriu.
Apertou com força,
e aaaaaah, BOOM !
Dor... Um anel caiu no chão. Cabelos bonitos pegou o anel.
E balão estava em todo lugar. E ouvia, e o que ouviu eram risadas.
E via, e o que viu foi um beijo. E sentiu, e o que sentiu era amor.
Entendeu. Não mais desejou ter sido como os outros.
Afinal balão esquisito tinha lá sua utilidade.

domingo, 30 de maio de 2010

Put your lights on

"Hey now, all you sinners
Put your lights on, put your lights on
Hey now, all you lovers
Put your lights on, put your lights on

Hey now, all you killers
Put your lights on, put your lights on
Hey now, all you children
Leave your lights on, you better leave your lights on

Because there's a monster living under my bed
Whispering in my ear
There's an angel, with a hand on my head
She say I've got nothing to fear


There's a darkness deep in my soul
I still got a purpose to serve
So let your light shine, deep into my home
God, don't let me lose my nerve
don't let me lose my nerve

Hey now, hey now, hey now, hey now
Wo oh hey now, hey now, hey now, hey now

Hey now, all you sinners
Put your lights on, put your lights on
Hey now, all you children
Leave your lights on, you better leave your lights on

Because there's a monster living under my bed
Whispering in my ear
There's an angel, with a hand on my head
She says I've got nothing to fear
She says, Whooo-ahha hey
La la, you shine like stars
Whoo-aohaha hey la la,you shine like the stars
And fade away"
( Santana and Everlast )

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Além de um sonho


Havia luzes
Havia sons
Era tudo tão real
Podia tocar o que via

Não entendia o que diziam
Falavam em uma outra língua
Não entendia o que faziam
Agiam em uma outra frequência

Tentavam falar comigo
Não entendiam o meu desespero
E logo se afastavam
À medida que eu fugia

Caí de um abismo escuro
Acordei do sonho aliviada
Até que,
entre agulhas e amarras de plástico
Percebi que o sonho
era a mais pura realidade.

domingo, 9 de maio de 2010

Sobre mim e para mim

Às vezes sinto estar perdendo toda a diversão. Gosto de ficar em casa vendo seriado e lendo, mas queria mesmo é sair e me divertir com o resto do mundo. Fico pensando e sonhando com o que poderia ser sem realmente fazê-lo. Pensava que não conseguia mudar, que sou estranha demais para conviver daquela maneira com os outros. Mas talvez, e só talvez, eu não queira realmente mudar. Posso estar mentindo para mim mesma, forçando uma coisa que não quero. Talvez tenho sido dura demais comigo, esperando coisas que não posso fazer e simplesmente não irei. Não me permitido, e ai está o meu pior erro. Me preocupo demais se alguma coisa vai dar certo no final, e quem sabe o resultado não seja o principal. Não tem a ver com moral e ética,mas com aquilo te preenche. Não estou dizendo que vou começar usar drogas ou algo do tipo, até porque Deus está comigo e minha lucidez me diz que isso não faz nenhum bem, mas posso me deixar levar pelo que sinto mais do que penso. Não posso mais ignorar que tenho que conciliar razão e emoção, porque até hoje só posso ser um ou outro. Não é sobre estar certo ou errado e sim sobre o que vale a pena lutar. Gosto de viver dentro de mim, não preciso encontrar nos outros a minha felicidade. Em Deus sim, Dele é que provém todo sentimento puro, e Ele está dentro de mim. Não preciso me preocupar, tudo é relativo. O que te faz feliz hoje, talvez não te faça feliz daqui a alguns anos. Tenho que viver e não me preocupar.

sábado, 8 de maio de 2010

Para Cecília. Ou pra mim?

"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? "
( Carlos Drummond de Andrade )

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Síntese do que não sei

Sempre esperei um príncipe encantado, mas se ele não estiver de cavalo branco como vou reconhecê-lo? Pode muito bem estar ao meu lado. Ou posso tê-lo tido em meus braços e tê-lo deixado escapar por entre os dedos. Pode estar em quem minhas esperanças estão agora, mas se sempre há de nos pregar peças, o amor não seria tão bonzinho. Descobri em mim uma romântica incurável. Quem diria! E eu que julgo o clichê do amor meloso e enfadonho. Talvez por isso minha sina sejam os galinhas e cafajestes. Sinto-me tola e infantil, sem falar de confusa e sem rumo. Preciso aprender a ver e ouvir. Me subestimo me amando, sou viciada em mim. Procuro satisfazer meu ego e, no fundo, me importo com o que pensam de mim. E é isso que me limita, me impede de mim mesma. Logo, ninguém pensa em mim. Mim, mim e mim! Chega de egocentrismo, é Deus que tem que ser dono de mim. Na dependência que tenho por ele é que encontro a minha liberdade. Será que serei livre? Não conheço meus passos, vivo com essa estranha há 17 anos e só agora passei a notar a distância. Deus, venha me tirar do abismo escuro da ignorância.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

' Segue a vida, deixa rolar'

Queria ver-te e poder abraçar-te.
Olhar teus olhos sem medo de que me pegues no ato.
Trocar mais do que palavras banais,
ou ao menos não ter que pensar em desculpas para fazê-lo.
Nem ao menos posso dizer que somos apenas conhecidos,
ainda não te conheço direito. Sei que sentes, ou imagino que sim.
Ah sim, imagino bastante.
Passo tardes contigo, sonhos de uma mente acordada.
Platônico demais, mas a realidade me entedia.
Nem ao menos posso esquecer-te:
ainda não tenho mais ninguém em mente.
Vens à tona toda a hora do dia e da noite.
Me divirto pensando em ti quando os números das horas são iguais.
Rio de minha própria inutilidade. Mas estou mais alegre.
Talvez seja só pra te conquistar, ou porque já me conquistou.
Difícil saber, fácil sentir.
Depois passa, paixão assim sempre vai, nunca fica.
A não ser que corresponda.
Ai então, 'segue a vida, deixa rolar.'

sábado, 24 de abril de 2010

Maçãs do topo.

"Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados...
Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar... Aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore".
Machado de Assis.

domingo, 28 de março de 2010

"Essa moça 'tá diferente"

"Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra frente
Está me passando pra trás
Essa moça tá decidida
A se supermodernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar."
Chico Buarque

terça-feira, 16 de março de 2010

Quando for real, será

E ela se perdeu em um abraço tão forte, tão intenso, tão incrível e tão inesquecível. Pensou que se pudesse escolher um momento para morrer, seria aquele. Embora tivesse plena certeza de que ali nenhum mal a atingiria.

O que ninguém vê

Você quer acreditar que tudo não passa de um sonho ruim. Que as pessoas ainda são como antes, ainda te façam sorrir por qualquer coisa, que sua maior preocupação é com que brinquedo brincar, e ainda poder sonhar.
Parece que nada nesse mundo lhe pertence, que as pessoas a sua volta não passam de uma ilusão, preocupadas com coisas sem sentido e vivendo uma vida rotineira, cheia de mentiras.
E então você se revolta, indignado pois há injustiças demais, corruptos têm que ser presos e nada vale a pena. O mundo é cruel e perverso, mas não questiona o que te mostram.
Percebe o quanto foi ruim e ingrata com certas pessoas e o tempo não volta para reparar esses erros. Você percebe quantas palavras não foram ditas e coisas que não foram feitas, e ainda o quanto essa acumulação lhe fez ou faz sofrer.
Você sonha, faz planos, acredita que o mundo ainda tem chance e você vai, um dia, realmente viver a vida. Pena que a vida não é sonhar. Há pessoas ou gestos que te fazem sorrir ou chorar. Tem choros mais sinceros que sorrisos.
Logo você pensa que vai explodir de tanto carregar o mundo nas costas. Mas Jesus carregou sua cruz.
Parece estar sozinha no mundo, nada vai ter fazer sorrir novamente, ninguém te respeita e tudo te irrita.
E um só gesto ou palavra pode mudar tudo, clarear o dia e espantar as dúvidas. Depende de quem disse a palavra ou fez o gesto e do quanto essa pessoa realmente lhe importa.
Mas você está cheia das coisas mundanas, sente só vontade de chorar e comer chocolate enquanto bebe qualquer coisa pra matar a sede e escreve coisas sem sentido para ninguém ler.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

E eu ainda espero pelo amanhã.

Desde de manhã sinto-me estranha: acordei com pesar. Não tinha mais a alegria de ontem ou dos outros dias. Nestes me sentia livre pra fazer tudo o que quisesse. E de modo geral, eu fiz. Porém, tudo isso pertence a uma outra parte de mim. Hoje sinto-me como um fantasma arrastando ruidosamente os seus grilhões. Melancólico e deprimente; por estar preso a correntes feitas pelos seus próprios pecados e medos, por saber que este fardo será sempre seu e mais ninguém poderá carregá-lo por ele.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

"Onde as ondas cantam e minha alma é o mar."

Me sinto parte dele.
Na sua imensidão sinto-me pequena e insignificante,
ao passo que pareço serena e protegida.
Selei o meu caminho ao lado seu e sobre ti quero saber mais e mais.
Espero um dia desvendar muitos dos mistérios
escondidos sob sua superfície plácida e azul.
Honrar meu papel de futura protetora do teu mundo particular
senão singular.
Me adaptar as suas marés e ritmo ímpar.
Buscar a melhora da vida daqueles que em ti se abrigam,
seja limpando ou prevenindo a ação nociva da mão do homem.
Ser companheira e fiel e dedicada.
Pois vejo em ti a obra de Deus;
sem dúvidas o reflexo da Sua perfeição e onipotência.
Serei eternamente amante, dos que amam sem reservas
e não esperam mais em troca.
Intenso e profundo, nunca soube a gêneses desse amor.
Mas sinto necessidade de ti como se fosse parte de mim.
E chega o verão coração bate forte.
Um mergulho me faz sentir viva e com 7 anos de novo.
Se pudesse faria do quebrar das ondas a minha melodia;
harmonia da minha trilha sonora.
Assim sigo sendo amante e filha da água e do sal.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

No praia, no mar e na areia.

Vem onda vem,
Vem levar minhas correntes,
Pra que eu possa ser de novo contente.

Vem água vem,
Vem lavar a minha alma,
Já que um mergulho sempre me acalma.

A luz do sol irradia claridade,
O vento sopra suavemente,
O mar ruidosamente manifesta sua presença,
Em um dia de verão, eu estou sozinha,
Mas plena com a graça de Deus.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

E se fosse real?

Era pleno verão. O céu estava azul e havia um sol pra cada um.
O mar estava como devia estar e pelo menos pra mim, como sempre era: perfeito.
Não havia nada pra me preocupar além de tentar fazer a grana durar e passar protetor solar. Estava sem meus pais mas com meus tios e primos, por isso pretendia manter longe qualquer romance ou "travessura".
Além disso, os dias estavam tão exaustivos que não conseguiria fazer muito disso. Foi quando eu o vi. Eu estava indo tomar banho depois de um dia cansativo e cheio de água do mar.
Ele vestia apenas uma bermuda que juraria preta, mas que poderia ser tanto azul quanto vermelha. Carregava uma toalha ao ombro,por isso, deduzi brilhantemente, que tomaria banho também.
Deixei o sabonete cair, impressionada e desajeitada.
Agora, poderia simplesmente dizer que ele veio e o pegou, o sabonete quero dizer, entregou-o a mim e foi amor a primeira vista.
Quem dera, mas seria uma mentira deslavada e bem suja. Ele sequer me notou.
Também seria insincero achar que foi amor á primeira vista de minha parte, apesar de ter sido exatamente esse o meu pensamento na época.
A próxima lembrança que tenho dele é quando ele me notou. Ou ele tenha notado só que eu o notava. Francamente, tudo é tão etéreo e só em minha lembrança que me pergunto como realmente foi.
Mas pra mim, ele me notara. Nossos olhares se esbarravam no acampamento e onde estivéssemos.
Uma vez ouvi o pessoal que estava com ele dizer o nome dele. " Não acredito que ele está tão grande. Parece um homem já! Tem 14, não tem? -mais ou menos a minha idade na época-
Perguntaram à mãe, que afirmou e disse algo como passar no Rio antes de ir pra Niterói.Parou por aí as informações sobre ele.
Penso que isso foi na noite de reveion. Sim, sim. Foi um dia bom pra nosso, se assim o posso chamar, "romance".
Trocamos nossas primeiras e lamentavelmente últimas palavras. E mais lamentavelmente ainda, estas foram apenas " Feliz Ano Novo!".
Aliás, não teve sequer abraço de congratulações, foram ditas de longe e dirigidas também à mãe dele.
Mais aliás ainda! ( se o correto português me permite dizer) troquei mais palavras com o pai dele, algo sobre como era um pé no saco aqueles pernilongos enquanto escovava dente nas pias compartilhadas.
Realmente, patético! Mas marcou aquele olhar. Tudo bem que o resto também, a boca, o corpo, os cabelos quase loiros e afins.
Porém, em especial o olhar. Não que os seus olhos fossem singularmente verdes ou azuis, eram cor de avelã como os meus.
Lembro do último olhar. Estava sentada cercada de malas esperando o barco pra sairmos da ilha e ele passou. Trocamos um longo e demorado olhar, como se soubéssemos que não iríamos nos ver nunca mais. Fui embora. Realmente, nunca mais nos vimos. Mesmo assim, levo comigo aquele olhar.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Poesia de um bêbado fã da xuxa

Faca e foice,
sangue e medo.
Já era tarde da noite,
não é sempre que a morte pede segredo.

Faca e açoite,
mamão e uva.
Já era tarde da noite,
não é sempre que se faz uma salada de fruta.

Eles dizem que o sol aquece a alma,
eu digo que o macaco só fuma.
Quem tá feliz bate palma,
Quem tá feliz diga bunda!

Ps: Criança feliz, eu sei. uu'

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

" Parecia inofensiva, mas te dominou. "

Chegou em casa às três da matina. Estava na casa de J, mas tinha acabado. Precisava de mais. Achou que tinha na geladeira um restinho. Engano seu. Procurou nos armários da cozinha, nos potes pra guardar biscoitos e até no quarto de seus pais. Nada. Foi ao seu quarto, abriu as gavetas e as portas com raiva, atirou roupas e coisas pro ar. Procurou. E mais NADA. Tinha certeza de que tinha um pacote em algum lugar... Aaah, devem ter sido eles! Consumiram t u d o! Sabiam que ela precisa. Estava ficando nervosa: como podiam fazer aquilo com ela? Talvez fosse por isso mesmo. Quem sabe não só jogaram fora? Se animou. Procurou em todas as lixeiras. Logo a casa estava toda revirada, mas nem sinal do seu objeto de desejo. Tinha que tê-lo. E tinha que ser AGORA. Saiu pra comprar mais. Pegou o carro, tentou abrir o portão com o controle. Nem se moveu. Teria que ir a pé. Andou, andou e andou. Tudo fechado. As ruas estavam desertas. O vento gélido passava e seus iuvos soavam como fantasmas em dia de holloween. Um armazém, enfim algo aberto. Entrou. Atrás do balcão estava um homem de aparência mórbida e cabelo gorduroso, como se não o lavasse há umas semanas. Mas não importava. Ia conseguir mais. Sentiu a empolgação tomar conta. Respirou fundo, tomou coragem e perguntou: Moço, tem amendoin?