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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Síntese do que não sei

Sempre esperei um príncipe encantado, mas se ele não estiver de cavalo branco como vou reconhecê-lo? Pode muito bem estar ao meu lado. Ou posso tê-lo tido em meus braços e tê-lo deixado escapar por entre os dedos. Pode estar em quem minhas esperanças estão agora, mas se sempre há de nos pregar peças, o amor não seria tão bonzinho. Descobri em mim uma romântica incurável. Quem diria! E eu que julgo o clichê do amor meloso e enfadonho. Talvez por isso minha sina sejam os galinhas e cafajestes. Sinto-me tola e infantil, sem falar de confusa e sem rumo. Preciso aprender a ver e ouvir. Me subestimo me amando, sou viciada em mim. Procuro satisfazer meu ego e, no fundo, me importo com o que pensam de mim. E é isso que me limita, me impede de mim mesma. Logo, ninguém pensa em mim. Mim, mim e mim! Chega de egocentrismo, é Deus que tem que ser dono de mim. Na dependência que tenho por ele é que encontro a minha liberdade. Será que serei livre? Não conheço meus passos, vivo com essa estranha há 17 anos e só agora passei a notar a distância. Deus, venha me tirar do abismo escuro da ignorância.

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