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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Verdade velada

Gritos e choros não são ouvidos mais
Asfalto e engrenagens sufocaram-los
Foram abafados ao ponto de asfixia
Anacronismos selados por amarras e químicos

Não obstante, colocaram megafones nos risos e sorrisos
Disfarce perfeito
Busca-se a máscara grega da comédia
para estar sob os holofotes
Só assim são ouvidos mais.

Guardados nos armário da alma,
estão seus demônios e medos
A sete chaves, se alimentam da escuridão
Escuridão esta que se propaga à noite
Escapa sorrateiramente pela fresta dos sonhos,
e os transforma em pesadelos

Como uivos em um beco escuro,
anunciam a sua própria libertação
Sãos os corvos de olhos vermelhos, escarnecedores,
que te dilaceram o coração.

O dia amanhece
Os raios da felicidade violentamente os mandam
de volta para o abismo ainda aberto
Tapa-se o vazio com o seu sorriso mais bonito
Aquele, que mostra todos os dentes,
de brilho ofuscante sob os efeitos do clareamento dental
Disfarça-se as feridas com a roupa mais cara,
a da alegria
E vai-se pra vida
Cumpre-se seu papel social.

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